Oi Helena, tudo bem?
Aqui é o tio Arquivo Lobão, desculpa pela demora mas é difícil escrever com os olhos cheios de lágrimas, as mãos tremendo e o coração machucado. É, o tio tá muito triste pela tua partida.
Eu não sei como é a internet aí em cima, mas tenho certeza que algum anjinho vai ler esta carta pra ti. Eu precisava te dizer umas palavras, talvez mais por nós aqui do que por tu aí. Sabe como é, a dor de quem fica é sempre muito maior que a de quem vai. A saudade é aquela palavra meio difícil de explicar, né. Como a gente explica a mistura de amor e dor? Isso nem era pra existir.
Eu não te conhecia bem, mas quando tu, o pai, a mãe e o mano foram visitar a Boca do Lobo e em especial o Museu com o tio Fred, nós do Arquivo Lobão nos demos conta que foi uma das últimas memórias que tu teve. E imaginar isso agora fazem as palavras sumir na mesma velocidade que o Tiago Duarte driblava um bobo qualquer.
Sabendo que a relação das crianças com o futebol é puro, divertido e feliz, o tio fica tranquilo em saber que as memórias que ficaram contigo foram boas naquela visita. Claro que a Boca do Lobo cheia é muito mais legal que vazia, mas só precisamos de uma Helena pra encher um estádio inteiro.
Tua luz preenchia todos lugares que passava e vai deixar um rastro de claridade pra sempre no caminho da mãe, do pai e do mano. Aliás, mãe, pai, mano e familiares, fica aqui um abraço nosso apertado que nem marcação em BraPel, forte que nem um carrinho do Rudi e carinhoso igual o Sotilli era na hora de fazer um gol.
Não imagino a dor dos teus mais próximos com a tua partida e sei que nenhuma palavra é capaz de praticamente nada numa hora dessas. Mas quero deixar registrado aqui que nós somos melhores e maiores como pessoas depois de vermos tua mistura de doçura e força gigantescas nessa luta em que tu foi linda. Eu acho que o Marcos Planela ia adorar ter uma camisa 10 como tu no time dele. Mas agora teu time é aí em cima, né? Sem dor, sem tristeza, sem lágrimas. Só um céu mais rosa, azul e amarelo com a tua chegada.
Pra gente aqui dói que nem… que nem… É, essa dor não tem comparação com o futebol.
Muita luz, Helena.
1 comentário
Obrigado meus amigos do Arquivo Lobão pela linda homenagem, obrigado pelas palavras de carinho e conforto, não deu pra ela ver o estádio cheio mas vou sempre lembrar que um dia ela entrou na nossa querida Boca do Lobo! A Helena hj está curada, sem dor, sem hospital, sem bloco, sem remédios… está ao lado de Deus! Mais uma vez eu deixo aqui o meu muito obrigado, em especial ao Ecp Fred Mendes que nos recebeu tão bem no nosso estádio, de forma gentil e carinhosa, valeu irmão… obrigado Guilherme por essas lindas palavras! em relação a Heleninha é um até breve, um dia estaremos juntos novamente! Abraço a todos💙💛