Cheguei no Beira Rio esperando ver o Pelotas, em um jogo transmitido para todo o País, fardado com o tradicional manto azul e ouro, ostentando estas cores para que todos saibam quem é o Lobo da zona sul do Rio Grande do Sul. Para minha surpresa, estávamos de branco, camisa bonita, bem desenhada, bem feita, mas não era o momento, a ocasião pedia a camisa ouro.
Ok, a derrota não passou pelo uniforme, mas fiquei incomodado com a situação.
Dentro de campo, vi um time sem personalidade, com medo de enfrentar a equipe do Internacional, jogando todo tempo recuado, atrás da linha da bola, trazendo o inter para muito perto da sua área, o que com a qualidade dos jogadores que tem, principalmente D’Alessandro, que com um gol e duas assistências, foi o melhor jogador em campo, seria mortal em pouco tempo.
Fica claro, que a formação escolhida pelo técnico Antonio Picolli, não foi acertada. A estratégia dos três volantes, deixou o time sem criação no meio campo, sem posse de bola, sem recuperação da segunda bola e totalmente inofensivo ao Internacional.
A derrota passou também, pela demora, por parte do Picolli, na troca das peças, na troca do sistema de jogo. A equipe passou a render mais, quando Jô, entrou na vaga de Osvaldir, empurrando Thiago Costa para a Lateral direita e Wallacer entrou na vaga de Juliano, assumindo a criação no meio campo. Já era tarde, o Internacional já vencia por 3 a 0, mas foi dele a assistência para o gol de Felipe Chaves, se as trocas fossem feitas antes, o resultado poderia ser outro.
De positivo, mais uma vez a grande atuação do zagueiro Felipe Chaves, que se afirma como titular da zaga áureo cerúlea, um líder, desarmando e sendo importante na bola aérea ofensiva. Felipe Guedes, com uma boa capacidade de marcação, mas principalmente de chegada na área adversária, mostra que deve ser o segundo volante da equipe, mas que precisa um primeiro volante “pegador” atrás dele.
Precisamos sim melhorar, precisamos sim de um sistema de jogo mais ousado, com um volante de marcação, um meia que jogue, que gire o jogo e abasteça Juliano e Hugo Sanches, que com a velocidade e o improviso que são características destes dois extremas, possam chegar a frente com possibilidade de finalizar ou servir o atacante de área.
Quarta feira tem mais. Desta vez o confronto é em Erechim, contra a invicta equipe do Ypiranga, ás 20:00 no Estádio Colosso da Lagoa. A vitória é fundamental para as pretensões do Lobo no Gauchão.
Sigamos!!!
2 comentários
Sinceramente não tenho gostado nada deste Picolli ,acho fraco e muito pavão.Temos que melhorar muito pra não correr risco de rebaixamento. Talvez eu esteja errado, tomara , mas estamos jogando muito pouco.
Legal.
Pude assistir uma parte do jogo. Foi vt. No aeroporto, voltando pra casa.
Não gosto de marcação por zona. O time fica lento. O time demora a dar o bote. Não força o erro do adversário. Fica dependendo do erro do adversário, mas por técnica. Aí, a técnica do jogador do inter é boa, erram pouco.
Usar marcação por zona de forma eficiente depende de muito físico e explosão. Tem que ter muita velocidade.
Mas, mesmo assim, acho sacanagem chamar nosso jogador de lento, ou preguiçoso. Os caras correram. Só que estavam sempre distantes do adversário. Assim, fica fácil perder na marcação. Chega atrasado sempre.
Tem que marcar mais perto e mais na frente.
Bacana é essa oportunidade de poder escrever sobre o jogo. Teu texto está muito bom. Parabéns.
Abraço