Meu nome é Claudio Prietsch e conheci o Pelotas em 1977, aos dez anos de idade, através de um namorado da minha irmã mais velha.
O jogo era Pelotas x Bagé, que acabou em 0x0 numa tarde nublada. Não me recordo do campeonato. Posteriormente, em uma quarta-feira a noite, meu pai me levou no estádio do Farroupilha, onde tinha um torneio com as três torcidas da cidade. Me lembro que falei para ele que eu queria ficar na torcida do Pelotas, ainda lembro dos jogadores vindo na direção da torcida com o troféu e os torcedores gritando: – É campeão.
Ao longo dos meus 54 anos, participei de muitos jogos do Pelotas, tanto fora como em casa, e tive muitas alegrias e tristezas também. São muitas as histórias e jogos, é muito difícil citar todos, pois são vários momentos, excursões, etc. Mas o jogo de 1992, no Estádio Olímpico, quando ganhamos por 1×0 do Grêmio, com um gol de Luís Carlos Gaúcho (um golaço), no final do jogo, nove ônibus do Pelotas haviam sido apedrejados. “Eles” ficaram loucos. Fui no meu Escort a álcool com mais 4 amigos e no porta-malas, que se tinha acesso por dentro do carro, um isopor cheio de cerveja. Fui e voltei dirigindo, é tudo muito fácil quando se é jovem.
Uma coisa que gostaria de mencionar além do meu amor e trabalho ao clube, é que não consigo e nunca consegui “vaiar” o time, seja em qualquer situação.
Cansei de dizer “não vou mais”,” larguei”, “abandonei”, “não quero mais”, e no primeiro amistoso estou lá novamente.
Gosto de qualquer coisa azul e amarela, tenho um orgulho imenso em dizer: Eu sou Pelotas.
Claudio Prietsch, Áureo-Cerúleo de carteirinha.