A temporada começou agitada na Boca do Lobo. E cheia de ambiguidades.
O clima era de otimismo para a temporada 2020. Vindo do título da Copa Seu Verardi, mantendo boa parte do elenco, ainda com reforços pontuais em posições carentes, além de um grupo mais qualificado, com banco de reservas que se aproxima do nível técnico dos titulares.
O primeiro amistoso do ano, contra o Esportivo, foi terror e pânico. Um meio-campo absolutamente despovoado, com espaço para os meio-campistas adversários fazerem o que estivessem com vontade. Tocavam a bola sob o olhar perdido de uma equipe desnorteada. Mas ok. Era amistoso, podia ser uma falta de importância do jogo o motivo para essa moleza da equipe do Pelotas.
Veio a final da Recopa Gaúcha, e tudo mudou. Sob desconfiança, devido ao amistoso anterior, a torcida mostrava preocupação. Entretanto, o Pelotas era outro. Uma intensidade fora do comum, correndo e tentando acompanhar a rápida molecada gremista, conseguindo por boa parte dos 90 minutos. Com Mateus Santana e Felipe Guedes inspirados, o meio-campo do Lobão foi o grande ponto forte da equipe. Culminando com o título. O Lobão voltou! Festa! Alegria! Agora só vai!
Calma… não é bem assim. Infelizmente.
Estreia no Gauchão, recebendo o Novo Hamburgo, antes de viajar ao Beira-Rio para enfrentar, o Internacional. A empolgação durou pouco. Foram 90 minutos de apatia, novamente com um meio-campo desnorteado, sem produção alguma de chances de gol.
O Pelotas teve uma boa chance durante toda a partida, depois dos 40 minutos da segunda etapa. Um 0x0 seco, estampou o placar com uma precisão cirúrgica do que foi a partida. Ninguém fez por merecer.
As duas equipes fizeram força para perder, mas nem isso conseguiram, pela limitação do adversário.
Alguns pontos individuais negativos, que começam a ficar evidentes.
Osvaldir e Hugo Almeida, por exemplo, erraram lances bisonhos, em lances técnicos, que nada tem a ver com parte física. Domínio, passes, cruzamentos…. um terror.
Em um lance icônico da partida, o lateral-direito assume a responsabilidade, e em uma falta lateral à beira da grande área, pega a bola para fazer a cobrança. O Pelotas fazia péssima partida, sendo a bola parada uma das únicas chances de algo acontecer. Osvaldir, então, posiciona-se, com apenas um adversário na barreira, parte pra bola e………. acerta na barreira.
Começamos então a cogitar Jean Malheiros e Busanello (Juliano Tatto também muito aquém do esperado), nas laterais. Não são uma opção?
E o meio-campo? Mateus Santana e Felipe Guedes nem pareciam os mesmos da final da Recopa. O que fazer para que haja um padrão?
É difícil acreditar que no setor o qual a bola mais passa, haja um desencontro tão grande de uma partida para a outra, principalmente, tendo jogadores de qualidade, como é o caso do Pelotas. No jogo de ontem, era uma série de toques de zagueiros para laterais, de laterais para zagueiros, até haver, então, a rifa da bola. Deixando Jô e Juliano correndo e disputando contra todo o sistema defensivo do Novo Hamburgo.
O campeonato é tiro curto. Precisa acertar. Não há tempo para adaptações. Mudar na reta final, não adianta. O Pelotas perdeu 2 pontos que seriam de extrema importância. Perdeu de acordo com o planejamento, porque de acordo com a partida, ganhamos 1. Merecíamos a derrota.
E domingo que vem? O que esperar? O Pelotas de jogos decisivos ou esse time desesperado que fica batendo cabeça?
Só para lembrar, em 2020 são 3 partidas, todas na Boca do Lobo: 1 derrota e 2 empates.
Tem que acordar! Pra já!
jan 23
2 comentários
Concordo com todas as considerações feitas não tem mais tempo pra nada agora vão ter que achar um futebol bem melhor e mais muito raça força porque ontem foi um horror não entraram em campo.
Tem que ter patrocínio para contratar jogadores bons no mercado de acordo com suas finanças.se não vai ser triste eu amo Pelotas tenho orgulho de carregar no peito o nome desse clube está cidade mas assim não dá nós deixa muito triste não ver o Pelotas no algi do futebol