Oscar Urruty, o goleiro Multi-Campeão do Pelotas

Oscar Modesto Rodrigues Urruty, ou simplesmente Oscar Urruty, como ficou conhecido no mundo do futebol, ao fazer história com a camisa do Esporte Clube Pelotas, nasceu em 10 de setembro de 1934, em Durazno, Uruguai.

Oscar começou sua trajetória no Wanders, de Montevidéu. Em 1954 se transferiu para o Guarany de Bagé. No ano seguinte foi para Porto Alegre, onde defendeu o Internacional. Já em 1956, foi para São Paulo, contratado pelo Palmeiras. Ainda em 1956, após se recuperar de uma lesão sofrida no Palmeiras, Oscar veio para o Pelotas. E aí, defendendo o Áureo-Cerúleo, Oscar fez história. Já no primeiro ano no clube, foi Campeão da Cidade e Vice-Campeão Gaúcho. No final da década de 50, o Pelotas montou um timaço, um dos melhores de sua história. Nos anos seguintes Oscar conquistou mais títulos. Campeão em 1957 e 1958, conquistou o Tri-Campeonato no Cinquentenário do Pelotas, uma conquista histórica. Ainda em 1957, Oscar foi Campeão da Copa dos Campeões. Na sequência, Campeão da Cidade e novamente Vice-Campeão Gaúcho em 1960.

Oscar foi o goleiro do Pelotas nos maiores jogos do clube naquele período. Contra grandes adversários, como o super Fluminense de Castilho, o São Paulo de Zizinho, o Flamengo de Gérson, o Corinthians do goleiro Gilmar, o fantástico Santos de Pelé, ou nos confrontos internacionais, contra o Gimnasia de La Plata, da Argentina e o Rampla Juniors, do Uruguai, entre outros grandes confrontos na história do Pelotas.

CAMPEÃO DE 1956 e VICE-CAMPEÃO GAÚCHO

BI-CAMPEÃO DE 1957 e CAMPEÃO DOS CAMPEÕES

TRI-CAMPEÃO DE 1958

CAMPEÃO DE 1960 e VICE-CAMPEÃO GAÚCHO

Após deixar o Pelotas, em 1962, se transferiu para o Farroupilha. Passou ainda pelo São Paulo de Rio Grande e pelo Caxias, até encerrar sua vitoriosa carreira.

Fora de campo, Oscar sempre foi reconhecido pela personalidade forte e posicionamentos firmes. Nunca aceitou injustiças e sempre brigou por seus direitos. Foi assim que fundou o extinto Sindicato dos Jogadores Profissionais de Pelotas, com apoio jurídico do advogado Ápio Cláudio de Lima Antunes.

Sobre o comportamento dos jogadores fora de campo, Oscar comentou, em entrevista para o DP: “O jogador pode fazer suas farrinhas. Não influi nada no procedimento. Eu sempre bebi. Na sua melhor fase, o Pelotas tinha 8 ou 10 que eram da boêmia”. E confessou: “Eu era tri-campeão pelo Pelotas e tinha jogado 11 vezes com o joelho infiltrado, debaixo de agulha. Joguei infiltrado todo o primeiro turno de 1961”.