A história da Copa do Mundo de futebol começa em 1928, quando o francês Jules Rimet assume o comando da Federação Internacional de Futebol (FIFA) e começa a organizar a primeira competição de futebol mundial. A estreia do evento aconteceu em 1930 no Uruguai, e contou com a participação de 13 seleções convidadas.
De lá para cá o futebol se desenvolveu e virou o esporte mais popular do mundo, e em meio a esse crescimento, a Seleção Brasileira se tornou a maior campeã das Copas do Mundo. Através das décadas, o Pelotas recebeu em sua casa 42 campeões mundias. De Pelé a Ronaldinho Gaúcho, a Boca do Lobo teve o prazer e a honra de ver grandes craques do futebol mundial desfilar seu futebol no gramado do estádio mais antigo do país. Nós do Arquivo Lobão, trazemos hoje essa seleta lista de craques. Confira!
A lista começa com os atacantes Uruguaios Carlos Romero e Juan Burgueño, Campeões da Copa do Mundo de 1950, e que atuaram na Boca do Lobo em 1948, no confronto da Seleção Pelotense contra o Danúbio-URG. Mesmo marcando os dois gols dos Uruguaios, Carlos Romero acabou vendo seu time ser derrotado por 6 a 2 para os Pelotense, com destaque para o Áureo-Cerúleo Damião, autor de 4 gols do Selecionado local.
No ano seguinte foi a vez do craque Didi, atuar na Boca do Lobo, no confronto entre Pelotas e Fluminense. Anos mais tarde, o meio campista conquistou as Copa do Mundo de 1958 e 1962.
Oreco, lateral esquerdo com passagem pelo Internacional, é mais um Campeão Mundial que atuou no gramado da Boca do Lobo. Além de partidas pelo Colorado da capital do estado, Oreco também esteve presente no confronto entre Pelotas e Corinthians, em 1957. Pela Seleção Brasileira foi campeão da Copa do Mundo de 1958. Também no confronto entre Pelotas e Corinthians, em 1957, esteve em campo uma das grandes lendas do futebol, o goleiro Gylmar, Bicampeão Mundial de 1958 e 1962.
Também em 1957, o Pelotas recebeu o Vasco da Gama na Boca do Lobo. Os cariocas contavam com uma dupla de zaga de respeito. Orlando campeão da Copa de 1958, e Bellini , Bicampeão da Copa do Mundo em 1958 e 1962. Em 58, Bellini entrou para a história, sendo o primeiro Brasileiro e levantar a Taça da Copa.
Em mais um confronto naquela temporada, o Pelotas recebeu nada mais nada menos, que o timaço do Santos. Em campo, o time da Vila Belmiro contava com o maior jogador de todos os tempos, o genial Pelé, Tri Campeão da Copa do Mundo em 1958, 1962 e 1970. Dias após esse confronto, também na Boca do Lobo, em jogo contra o Brasil, o atacante Pepe desfilou seu futebol no gramado da Avenida Bento Gonçalves.
Em 1958, durante o Festival do Cinquentenário do Pelotas, uma das grandes partidas realizadas na cidade, foi o confronto entre o Pelotas e o São Paulo. No empate de 0 a 0, destaque para os Campeões De Sordi, lateral direito Campeão de 1958, e o zagueiro Mauro, Bicampeão em 1958 e 1962, quando foi o Capitão da Seleção Brasileira, e teve a honra de levantar a Taça Jules Rimet.
Também durante o Festival do Cinquentenário, o Pelotas recebeu na Boca do Lobo o forte esquadrão do Fluminense, que contava em seu elenco com o lateral direito Jair Marinho e o lateral esquerdo Altair, campeões do mundo em 1962, e com o goleiro Castilho, bicampeão em 1958 e 1962.
Em 1960, no empate de 1 a 1 entre Pelotas e Flamengo, mais três campeões estiveram na Boca do Lobo. Os meio campistas Moacir e Dida, que também estiveram presentes na primeira conquista brasileira em Copas do Mundo, em 1958, além de Gérson, campeão da Copa do Mundo de 1970.
Em 1964 o Pelotas venceu a Portuguesa, que era comandada pelo técnico Aymoré Moreira, campeão da Copa de 1962 com a Seleção Brasileira.
Outro campeão do mundo que tivemos a oportunidade de assistir ao vivo na Boca do Lobo, foi o meio campista Mengálvio, que defendeu o Aimoré de 1957 a 1959, e também esteve presente na Boca do Lobo, no confronto do Pelotas contra o Grêmio, em 1968. Pela seleção, conquistou a Copa do Mundo de 1962.
O lateral esquerdo Everaldo, campeão da Copa do Mundo de 1970, disputou diversos jogos na Boca do Lobo, quando defendeu o Grêmio, entre 1964 e 1974. Outro campeão da Copa de 70, o zagueiro Brito, esteve presente no confronto entre Pelotas e Internacional, em 1960. Também campeões de 1970, o atacante Paulo Cézar Caju atuou nos confrontos contra o Grêmio em 1978 e 1979, o goleiro Leão no confronto contra o Grêmio em 1980, o atacante Edu, em confronto contra o Internacional em 1977 e o artilheiro Dário, o Dadá Maravilha, em confrontos contra o Internacional em 1976 e 1977.
Na partida festiva entre a Seleção Pelotense e o Fluminense, em 1976, Pelotas recebeu no gramado da Boca do Lobo, os Campeões de 1970, Carlos Alberto Torres, Marco Antonio e o craque Rivelino. Também campeão de 70, o goleiro Ado teve uma passagem relâmpago pelo Pelotas, quando em 1977 atuou em um amistoso na Boca do Lobo, sua única aparição com a camisa do Pelotas.
Cinco Tetra Campeões de 1994 também estiveram na Boca do Lobo. A lenda Taffarel atuou entre 1985 e 1990 pelo Internacional. O também goleiro Gilmar, atuou pelo Internacional entre 1978 e 1985, e o meio campista Zinho, esteve no empate em 1 a 1, entre Pelotas e Grêmio, em 2001. Também marcaram presença no Estádio mais antigo do país, o técnico Carlos Alberto Parreira e seu auxiliar Jorge Lobo Zagallo, presentes para assistir ao confronto entre o Pelotas e a Seleção da Rússia, primeira adversária da Seleção Brasilera na Copa do Mundo.
Já no Penta Campeonato Mundial, Seis Campeões da Copa do Mundo estiveram em jogos na Boca do Lobo. O genial Ronaldinho Gaúcho atuou em 1998 e 1999, defendendo o Grêmio em confrontos contra o Pelotas. O zagueiro Anderson Polga esteve no empate em 1 a 1, entre Pelotas e Grêmio, em 2001. Também defendendo o Grêmio contra o Pelotas, o goleiro Dida em 2013. O volante Edimilson também esteve na Avenida, durante jogo festivo em 2014. E no comando dos Campeões de 2002, o técnico Luiz Felipe Scolari e o seu auxilar Murtosa, estiveram no comando Áureo-Cerúleo em 1986.
Na disputa da Copa do Mundo de 2022, mais três nomes poderão reforçar essa lista de peso. O técnico Tite, o goleiro Alisson e o zagueiro Thiago Silva. Sorte para eles.
