Joãozinho foi um dos maiores goleiros da história do Pelotas, defendeu o clube do final dos anos 40 até o inicio da década de 60. Um dos maiores goleiros do estado no período em que esteve na ativa, foi convocado diversas vezes para defender a Seleção Gaúcha. Em 1956 foi convocado para a Seleção Brasileira que, com uma equipe de jogadores do estado, jogaria e conquistaria o Torneio Pan-Americano, disputado no México. Acabou cortado da lista final, no entanto, disputou alguns amistosos com a camisa da CBD ( hoje, CBF ).
Defendendo o pavilhão Áureo-Cerúleo, Joãozinho fez parte de temporadas memoráveis e conquistas importantes, como os títulos da cidade em 1951, 1956, 1957, 1958 e 1960, os regionais de 1951, 1956, 1958 e 1960 , chegando a final do Campeonato Gaúcho nos anos de 1951, 1956 e 1960, alem da conquista da Copa dos Campeões de 1957.
Pelo Pelotas Joãozinho disputou jogos memoráveis, como os confrontos contra o São Paulo, Fluminense, Vasco, Botafogo e na partida contra o Santos, de Pelé, em 1957 na Boca do Lobo. Sempre com muita dedicação ao seu clube do coração, Joãozinho está eternizado na galeria dos maiores nomes da história do Pelotas.
JOÃOZINHO
Espetacular guardião Áureo-Cerúleo, que por mais de 10 anos foi titular absoluto do Pelotas, constituindo-se na última metade do século, indiscutivelmente, o melhor atleta da posição do clube que defendeu com honra e glória, só ficando a dever ao grande Alcides, por ser o maior contendor do século.
Trazido em 1948 da cidade de Arroio Grande RS, pelo patrono João Joca Mascarenhas de Souza, com a idade de 18 anos, logo ocupou a posição de titular, substituindo o goleiro de então, Carneirinho, que fazia o trio final com Dodô e Nono.
Por diversas vezes, foi tentada sua contratação junto ao Internacional POA, Fluminense RJ e Vasco da Gama RJ, declinando sempre de tentadoras propostas, preferindo continuar defendendo o time de seu coração.
Profissional de conduta técnica e moral elevada, teve reconhecido pela torcida de seu maior rival por ocasião do Bra-Pel do dia 28 de outubro de 1958, por ocasião do empate de 2×2, quando esta o carregou em público, após partida com extraordinária atuação.
Após recolher as chuteiras, recolheu-se à vida privada como um cidadão comum, não mais participando de qualquer evento, apenas curtindo o seu vasto círculo de amizade, granjeado pela beleza de seu caráter e, o exemplo de homem probo.
Texto de Carlos Marino Louzada – 28/10/1950
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Postado por Jean Felipe de Almeida
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