Minha história com o Pelotas: Rafael Brandão

Eu não lembro o ano que aconteceu, eu tive um tio que faleceu quando eu tinha um pouco mais de um ano, naquela época era muito comum acontecer jogos preliminares antes das partidas oficiais e o meu tio trabalhava como árbitro dessas partidas preliminares.

Ele apitou uma partida antes de um jogo que o Pelotas recebeu o Aimoré pelo Campeonato Gaúcho, e após ele apitar o jogo preliminar, ele foi para a arquibancada torcer para o seu time de coração, como um dos mais fanáticos Áureo Cerúleo que era. O Pelotas não podia perder o jogo, mas em um contra ataque do Aimoré, o atacante iria pegar a bola sozinho e seria apenas ele e o goleiro, mas meu tio que estava na arquibancada com seu instrumento de trabalho, apitou e o atacante do Aimoré parou e se virou para o juiz pra reclamar o porque, já que não havia impedimento e sua condição era legal. O juiz sinalizou que não tinha sido ele e quando o jogar do aimoré tentou voltar para a jogada já era tarde demais, e goleiro do nosso glorioso já estava com a posse da bola. A brigada tentou encontrar na arquibancada o autor da façanha, mas sem sucesso, porém, meu tio não se deu por satisfeito e em outro lance apitou de novo, mas dessa vez foi pego com a boca na butija, ou melhor, no apito.

O amor pelo Esporte Clube Pelotas transcendeu gerações, eu nasci Pelotas, meu filho nasceu Pelotas, nunca foi apenas torcer para um time de futebol, é um sentimento que não dá para explicar, só quem te ama é que sente emoção.

Benjamim na Boca do Lobo, seguindo os passos do pai Rafael

Rafael com o filho Benjamim, juntamente com o Lobo, em um dos jogos na Boca do Lobo.

 

Rafael Brandão, torcedor do Esporte Clube Pelotas.

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